terça-feira, 10 de maio de 2011

Efluentes Líquidos

Efluentes são geralmente produtos líquidos ou gasosos produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos domésticos urbanos, que são lançados no meio ambiente. 



Os efluentes podem ser tratados ou não tratados. Cabe aos órgãos ambientais a determinação e a fiscalização dos parâmetros e limites de emissão de efluentes industriais, agrícolas e domésticos. Para isso, é necessária a implantação de um sistema de monitoramento confiável. As exigências da legislação ambiental levaram as empresas a buscar soluções para tornar seus processos mais eficazes. É cada vez mais freqüente o uso de sistemas de tratamento de efluentes visando a reutilização de insumos (água, óleo, metais, etc), minimizando o descarte para o meio ambiente.

Existem basicamente duas categorias de efluentes líquidos: sanitários ou domésticos e industriais.
Efluente líquido industrial é o despejo líquido proveniente de um estabelecimento industrial, compreendendo emanações de processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico.
As características (tanto físicas, quanto químicas ou biológicas) de efluente industrial são variam de acordo com o tipo de indústria, com a matéria-prima utilizada, com a reutilização de água etc. O efluente líquido pode ser solúvel ou conter sólidos em suspensão. Tais sólidos podem ou não ter coloração, podem ser orgânicos ou inorgânicos, e ter temperatura baixa ou elevada. As formas mais comuns para caracterizar a massa líquida são as determinações físicas (temperatura, cor, turbidez, presença ou ausência de sólidos, etc.), as químicas (pH, alcalinidade, teor de matéria orgânica, etc.) e as biológicas (presença de bactérias, protozoários, vírus, etc)
Entre os efluentes domesticos ou sanitarios lançados no meio ambiente, podemos destacar os esgotos. Esgoto é o termo usado para as águas que, após a utilização humana, apresentam as suas características naturais alteradas. Conforme o uso predominante: comercial, industrial ou doméstico essas águas apresentarão características diferentes e são genericamente designadas de esgoto, ou águas servidas.
A devolução das águas residuais ao meio ambiente deverá prever, se necessário, o seu tratamento, seguido do lançamento adequado no corpo receptor que pode ser um rio , um lago ou no mar através de um emissário submarino.
As águas residuais podem ser transportadas por tubulações diretamente aos rios, lagos , lagunas ou mares ou levado às estações de tratamento, e depois de tratado, devolvido aos cursos d'água.
O esgoto pluvial ou , simplesmente , água pluvial pode ser drenado em um sistema próprio de coleta separado ou misturar-se ao sistema de esgotos sanitários.
O esgoto não tratado pode prejudicar o meio ambiente e a saúde das pessoas. Os agentes patogênicos podem causar doenças como a cólera, a difteria, o tifo, a hepatite e muitas outras.
A solução é um sistema adequado de saneamento básico que pode ou não incluir uma Estação de Tratamento de Águas Residuais, conforme o caso a ser estudado.



EFLUENTES INDUSTRIAIS





EFLUENTES SANITÁRIOS OU DOMÉSTICOS
 
 A emissão de efluentes líquidos, no ambiente, foi regulamentada pelo Protocolo de Annapolis da mesma forma que a emissão de gases foi regulamentada pelo Protocolo de Kioto.
O lançamento de efluentes  num corpo d' água, pode ser efetuado por um emissário submarino ou sub-fluvial. O seu funcionamento é extremamente simples e eficiente no tratamento dos esgotos.Geralmente é precedido por um interceptor de esgotos e por um emissário terrestre. O primeiro emissário do mundo foi construído em 1910 em Santa Mônica, na Califórnia.O maior emissário do mundo foi construído em Boston - U.S.A. No Brasil, existem algumas dezenas de emissários submarinos e sub-fluviais, entre os quais os de Ipanema, Barra da Tijuca e Rio das Ostras, no Estado do Rio de Janeiro, o de Fortaleza e os dois de Maceió em Alagoas, Aracaju, Salvador, Vitória, Guarujá, Santos, São Vicente e Praia Grande (SP). Saturnino de Brito Filho, em 1972, junto com o engenheiro sanitarista Jorge Paes Rios, projetaram e construíram o primeiro emissário sub-fluvial do Brasil em Manaus,no Estado do Amazonas, e o segundo em Belém, no Estado do Pará. Para o cálculo da diluição, da dispersão e do decaimento bacteriano químico ou térmico são utlizados, normalmente modelos matemáticos e, eventualmente, em lançamentos de efluentes industriais, com grandes vazões, como o de uma Usina Nuclear também modelos físicos.

EMISSÁRIO SUBMARINO DE POLIETILENO

Vejam agora um exemplo de emissário submarino da boca do rio, em Jaguaribe, próximo a praia dos artistas:

 EMISSÀRIO SUBMARINO BOCA DO RIO



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